Então, volta a dizer: os melhores dias da nossa vida são aqueles quando nós em um pedido de ajuda ou com uma paciência adquirida aceitamos os reveses do dia-a-dia.
Como a mais bela flor que nasce não no dia ensolarado de primavera, mas sim no mais duro inverno. Formulemos os nossos pensamentos nos dias mais difíceis de nossa existência. Às vezes, sem muito esforço conferimos em nós um sentimento quase implacável. O sentimento da culpa. Facilmente podemos percebê-lo em nós, pois é um sentimento que surge quando nós nos convencemos de termos cometido um erro que não pode ser reparado. Logo, alimentamos uma cadeia enorme de pensamentos destrutivos torturando-nos da culpa consistente de qualquer problema que seja pensando que ele é um problema permanente. Escapa-nos como água entre os dedos pensamentos do tipo que: não há problema que persista. Como sabemos não há nada que não mude, assim como a dor da perda de um filho (a), de um namorado (a), de um pai ou de uma mãe passa também qualquer dor um dia cede. Todos nós somos imperfeitos. Cada um de nós fez algo errado. Há coisas que lamentamos – coisas que fizemos ou deveríamos ter feito. Reconhecer nossos erros com um verdadeira sentido de remorso pode servir para nos manter na linha na vida e pode nos estimular a corrigir nossos erros quando possível e dar os passos necessários para agir corretamente no futuro. Porém, se permitirmos que nosso remorso degenere, transformando-se em culpa excessiva, se nos agarrarmos às lembranças das nossas transgressões passadas com uma contínua atitude de censura e ódio a nós mesmos, isso não leva a nenhum objetivo, a não ser o de representar uma fonte implacável de autopunição e de sofrimento induzido por nós mesmos. A culpa surge quando nos convencemos de termos cometido um erro irreparável. A tortura da culpa consiste em pensar que qualquer problema seja permanente. Entretanto, como não há nada que não mude também a dor cede – não há problema que persista. Esse é o aspecto positivo de uma mudança. O negativo é que nós oferecemos resistência à mudança em quase todos os campos da vida. O primeiro passo para nos livrar do sofrimento é investigar uma das causas principais: a resistência à mudança. Todas as coisas estão sob a influência de outros fatores, ou seja, a qualquer momento por mais prazerosa ou agradável que possa ser nossa experiência, ela cessará. A aceitação da mudança pode ser um importante fator na redução de uma boa proporção do sofrimento que criamos para nós mesmos. É muito freqüente, por exemplo, que causemos nosso próprio sofrimento, recusando-nos a nos desapegar do passado.